Hamas aceita acordo de cessar-fogo, mas Israel diz que é “truque” e avança com ofensiva em Rafah

Avatar By Redacao Mai 7, 2024
Hamas aceita acordo de cessar-fogo, mas Israel diz que é “truque” e avança com ofensiva em Rafah

Ao longo do dia da cidade sobrepovoada, têm-se registado cada vez mais explosões e bombardeamentos, à medida que os israelitas insistem em invadir Rafah, para onde foram empurrados cerca de dois milhões de pessoas. Os EUA voltaram a avisar que não apoiam a ação “como ela está prevista”

Os líderes do Hamas aceitaram esta segunda-feira um acordo de cessar-fogo para travar temporariamente a ofensiva israelita sobre a Faixa de Gaza. O anúncio do grupo foi seguido por um outro comunicado, desta feita do governo israelita, que negou a existência de uma negociação bem sucedida. Ao mesmo tempo, vão-se multiplicando os ataques sobre Rafah, que marcam o início da prometida e contestada ação no sul de Gaza.

Ismail Haniyeh, líder político do grupo palestiniano, afirmou que o Hamas concordou com os termos propostos pelos estados árabes. Segundo a Associated Press, o acordo surgiu após uma conversa telefónica com o primeiro-ministro do Catar e o ministro dos Serviços de Informação egípcio.

O Catar e o Egito têm sido os estados mais envolvidos nos esforços diplomáticos para uma série de negociações sobre a Faixa de Gaza, desde a tentativa de um cessar-fogo à entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano.

No entanto, apesar do anúncio do Hamas, um governante israelita disse que o grupo aceitou uma versão “suave” do acordo, uma versão que Israel não aceita. “Trata-se de um truque para fazer parecer que é Israel o lado que recusa um acordo”, avançou o oficial israelita à agência Reuters, sob a condição de anonimato.

Logo a seguir, o próprio exército israelita veio garantir que iria continuar a sua operação na Faixa de Gaza, apesar de o Hamas ter declarado estar disposto a fazer um acordo de cessar-fogo. Citado pelo jornal ‘The Guardian’, o porta-voz das forças israelitas, Daniel Hagari, disse que Israel iria “explorar tudo o que ouvir” relativamente a uma trégua, mas reiterou que vai exercer aquilo que considera ser um direito à autodefesa.

Outros órgãos de comunicação israelitas também se mostraram céticos na concretização de um cessar-fogo; o site N12 News, um órgão israelita, noticiou que vários dirigentes israelitas consideram a proposta de cessar-fogo “ambiciosa” e inaceitável para Israel.

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