Oposição angolana questiona acções do Executivo após greve na função pública

Avatar By Redacao Mar 28, 2024
Perseguições contra activistas

A greve geral na função pública que ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de março em Angola tem gerado preocupação e debate político no país. O Grupo Parlamentar da UNITA emitiu, hoje, 28.03, uma nota de imprensa expressando a sua preocupação face às medidas adotadas pelo Executivo em resposta à paralisação.

Segundo a UNITA, surgiram relatos de violência, repressão policial, descontos salariais e ameaças de despedimento dirigidas a enfermeiros, médicos e outros funcionários que participaram da greve. A oposição considera tais medidas ilegais, argumentando que o direito à greve está garantido pela Constituição e pela legislação angolana.

A UNITA instou o governo a restabelecer a legalidade, devolvendo a liberdade aos condenados e restituindo os salários retidos dos grevistas. Além disso, a oposição pede que o Executivo priorize o diálogo e busque soluções que atendam às demandas dos sindicatos.

Por outro lado, o Executivo defendeu as suas ações, argumentando que foram tomadas medidas para garantir o funcionamento dos serviços essenciais e minimizar o impacto da greve na população. O governo afirma estar aberto ao diálogo, mas ressalta a necessidade de manter a estabilidade e o funcionamento regular dos serviços públicos.

Perante este cenário, a sociedade angolana acompanha de perto o desenrolar da situação, esperando que o diálogo prevaleça e que se encontrem soluções que respeitem os direitos dos trabalhadores e garantam o bom funcionamento dos serviços públicos.