“Do ponto de vista económico, nós estamos pior”, diz o economista

Avatar By Redacao Fev 11, 2024
Do ponto de vista económico, nós estamos piorEconomista Carlos Rosados de CarvalhoDo ponto de vista económico, nós estamos pior

Eu acho que, do ponto de vista económico, nós estamos em uma situação pior.

Segundo o economista, a análise de um gráfico recentemente publicado revelou uma tendência preocupante na produção de petróleo em Angola. Os números mostram uma queda na produção de aproximadamente 700 mil barris por dia entre 2011 e 2023, ao mesmo tempo em que a população do país aumentou consideravelmente, passando de 23,6 milhões para 30,4 milhões de habitantes.

“Em 2011, produzíamos quase 1 milhão e 800.000 barris de petróleo por dia. Agora, em 2023, produzimos cerca de 1.100.000. Neste mesmo período, a população aumentou de 23,6 milhões para 30,4 milhões. Isso evidencia nossa dependência do petróleo. Infelizmente, somos uma economia altamente dependente dele,” disse Rosado ao GOZ’AQUi.

Esses dados apontam para a extrema dependência da economia angolana em relação ao petróleo. Carlos Rosado de Carvalho ressaltou que, embora o petróleo tenha sido historicamente uma fonte crucial de receita para o país, essa dependência tornou-se uma vulnerabilidade, especialmente diante da volatilidade dos preços no mercado internacional.

Além disso, o especialista enfatizou a necessidade urgente de diversificação económica. Angola enfrenta dificuldades em produzir bens e serviços competitivos internacionalmente, o que agrava ainda mais a situação económica do país. A falta de investimentos em sectores não relacionados ao petróleo contribui para a estagnação económica e a incapacidade de gerar empregos suficientes para a população em crescimento.

Ao falar de possíveis soluções, Rosado destacou a importância de investimentos em educação e saúde, enfatizando que esses são os verdadeiros pilares para o desenvolvimento económico sustentável. Também ressaltou a necessidade de políticas que incentivem a diversificação da economia e promovam um ambiente de negócios mais favorável para empreendedores locais e investidores estrangeiros. Concluiu

Ler também: Economista considera povo angolano “única vítima” das irregularidades na Sonangol

Do ponto de vista económico, nós estamos pior