De acordo com a Agência de Notícias de Angola (Angop), a Unitel, o Banco Fomento Angola (BFA) e a Ensa estão entre os 26 ativos do Estado selecionados para serem privatizados em Bolsa de Valores este ano (2024). A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo secretário de Estado para Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, durante a primeira reunião do ano da Comissão Nacional Interministerial do Programa de Privatizações (PROPRIV).
Além dessas empresas, a privatização incluirá a participação do Estado no Standar Bank Angola, por meio de um mecanismo de aceleração criado para os processos relacionados à privatização, através de um procedimento de oferta pública inicial.
Entre os ativos a serem privatizados este ano também estão o Complexo de Frio, a Cerâmica de Sassa Zau, o Armazém do Chimbodo e a Moageira, todos localizados na província de Cabinda. Segundo o secretário de Estado, os processos desses ativos em Cabinda estão em fase finalização e devem ser concluídos até o final do primeiro trimestre deste ano.
O governo não divulgou os valores esperados com a venda dos 26 ativos, mas anunciou que ainda neste trimestre serão privatizados a CRÊ (através do BPC), os 39 hotéis da rede UI e as quatro unidades associadas à China International Fund Limited (CIF).
Ao longo do ano, outros ativos serão colocados à venda, especialmente no setor financeiro, com destaque para a Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), que abrirá seu capital para a participação de novos investidores.
A Comissão Nacional Interministerial do Programa de Privatizações inclui representantes de diversos ministérios, como Finanças, Planeamento, Comércio e Indústria, Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Transportes, Banco Nacional de Angola, IGAPE, Sonangol E.P., bem como outras instituições envolvidas na implementação do PROPRIV.