Síria e Rússia: “Haverá mais paz no mundo após a vitória da Rússia na Ucrânia”

Avatar By Redacao Mai 8, 2023

O Presidente da Síria reconheceu como “territórios russos” as quatro regiões ucranianas anexadas em Setembro do ano passado e afirmou que haverá mais paz no mundo após a vitória da Rússia na Ucrânia. Bashar Al-Assad reuniu-se esta quarta-feira, 15 de Março, com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscovo.

Durante uma entrevista a um órgão de comunicação oficial russo, o Presidente da Síria reconheceu como “territórios russos” as quatro regiões ucranianas- Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhia- anexadas em Setembro do ano passado, após os referendos rejeitados pelo Ocidente.

 Bashar Al-Assad disse ainda que haverá mais paz e segurança no mundo após a vitória da Rússia na Ucrânia.

“Este conflito vai começar a mudar o equilíbrio mundial, pois parte do que a Síria, o Iraque e muitos outros países sofreram é resultado de um mundo unipolar. Quando a Rússia vencer esta guerra, como deseja a maioria dos sírios, surgirá um mundo novo, mais seguro e mais pacífico”, referiu.

O Presidente Bashar Al-Assad aproveitou ainda ocasião para afirmar que não há oficialmente combatentes sírios a lutar ao lado da Rússia na guerra da Ucrânia, admitindo que pode haver extraoficialmente.

O líder sírio, Bashar Al-Assad, reuniu-se ontem, 15 de Março, em Moscovo, com o Presidente russo, Vladimir Putin. De acordo com o comunicado do Kremlin, os dois dirigentes políticos abordaram questões de actualidade, nomeadamente a cooperação bilateral nas esferas políticas, económicas, comerciais e humanitárias.

Vladimir Putin e Bashar Al-Assad falaram ainda da reconstrução da Síria, no restabelecimento das relações entre Damasco e a Turquia, aliada da Rússia, e na ajuda às vítimas do terramoto que abalou a Síria no início de Fevereiro.

Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, Moscovo tem apoiado militarmente as forças de Bashar Al-Assad contra os rebeldes. Em troca, Damasco apoia agora a Rússia face à condenação internacional generalizada da invasão da Ucrânia.

Fonte: RFI