Passageiros da TAAG abandalhados no aeroporto Maria Mambo Café sem água nem alimentação

Avatar By Redacao Jun 16, 2024
Passageiros da TAAG abandalhados no aeroporto Maria Mambo Café sem água nem alimentação

Não é a primeira nem a segunda, e muito menos a terceira vez. A TAAG Linhas Aéreas de Angola deixou ontem, sexta-feira, 14, na província de Cabinda, mais de 80 passageiros desabrigados, forçando-os a passar a noite ao relento no Aeroporto Maria Mambo Café, devido ao cancelamento do voo por alegada avaria técnica.

O Imparcial Press apurou que os passageiros tinham viagem marcada para o período nocturno de sexta-feira, mas foram retirados da aeronave por orientação da tripulação, que supostamente identificou uma rachadura no vidro frontal do avião.

Como consequência dessa irregularidade, a maioria dos viajantes passou a noite ao relento e sem alimentação, conforme informado pela Associação de Defesa do Consumidor (ADECOR), que realizou, neste sábado, uma conferência de imprensa para manifestar o seu descontentamento com o tratamento dispensado aos clientes da TAAG.

Na ocasião, o coordenador executivo da ADECOR, Gilberto dos Santos, acusou a TAAG de não assumir as suas responsabilidades, nomeadamente prestar informações aos passageiros, bem como providenciar alojamento e alimentação adequados, como defende a Lei de Defesa do Consumidor (Lei n.º 15/03, de 22 de Julho).

Diante dessa conduta, afirmou que a instituição defende a indemnização aos passageiros, visando reparar os transtornos causados.

Gilberto dos Santos acrescentou que a ADECOR fará uma reclamação formal junto à TAAG, com conhecimento da Autoridade Nacional de Aviação Civil, entidade reguladora da aviação no país, no sentido de restabelecer a verdade sobre a violação dos direitos fundamentais dos clientes.

Ele prometeu que, em caso de incumprimento das exigências apresentadas, a instituição recorrerá aos órgãos de justiça para garantir a defesa dos consumidores.

O passageiro André Mingas lembrou que o cancelamento de voos domésticos da TAAG, na rota Cabinda/Luanda e vice-versa, tem sido uma prática recorrente, causando muitos transtornos aos clientes, que ficam sem alojamento, alimentação e direito à informação.

Por sua vez, Manuel dos Santos, outro passageiro, apelou à TAAG para melhorar a sua comunicação, a fim de evitar tumultos entre os passageiros e funcionários.

O cidadão brasileiro Edmundo Neto, que tinha viagem marcada para o seu país, afirmou que “a TAAG descumpriu a regulamentação internacional, que obriga a empresa a prestar toda a assistência ao passageiro em casos de cancelamento de voo.”

Sobre o ocorrido, os órgãos de comunicação presentes na conferência de imprensa da ADECOR tentaram contactar a direcção da TAAG em Cabinda para obter mais esclarecimentos, mas não obtiveram sucesso. In Imparcial Press