UNITA reage proposta do MPLA sobre nova divisão de Luanda

Avatar By Redacao Jun 22, 2024
Adalberto Costa Júnior está há 1675 dias sem saber o que é falar para um órgão público de informação angolano em entrevista exclusiva

O Secretariado do Bureau Político do MPLA apreciou nesta sexta-feira, 21, durante a 10ª reunião Ordinária, a vida interna do partido e, da situação socioeconómica do país.

O encontro, de acordo com o seu Secretário de Informação e Propaganda do Partido que sustenta o governo, recomendou ao seu grupo parlamentar, a possibilidade da criação de uma terceira província, que pode resultar na divisão de Luanda em duas.

Segundo Esteves Hilário, a reunião que decorreu sob orientação do Presidente João Lourenço, analisou igualmente a preparação do IX Congresso da JMPLA, considerando o processo de positivo.

Referiu por outro lado Esteves Hilário, que, face a aproximação do 50º aniversário da independência nacional, marco importante para a vida do povo angolano, o Secretariado do Bureau Político do MPLA concluiu haver necessidade de se realizar um congresso extraordinário em Dezembro do ano em curso, um mês depois do conclave da JMPLA.

E a UNITA por sua vez, já reagiu. Em exclusivo à Rádio Correio da Kianda, o Secretário Nacional de Comunicação e Marketing daquele Partido, Evaldo Evangelista, disse que o seu partido tem pouco a dizer sobre o congresso extraordinário do MPLA, por observar os estatutos, embora, os motivos não sejam claros.

A UNITA diz por outro lado que, a nova divisão de Luanda em duas províncias, revela que o MPLA não está alinhado com o dia-a-dia dos cidadãos, acrescentando que a melhor via de responder os problemas dos cidadãos, segundo referiu o Secretário Nacional de Comunicação e Marketing da UNITA, é a implementação das autarquias.

Para o especialista em políticas e Administração pública Denílson Duro, é de opinião que, a complexidade de gestão da capital, e por ser a principal praça eleitoral, estarão na base dessa iniciativa, embora entenda que não sirva de solução.

Denilson Duro, defende desafogar os órgãos de decisão de Luanda para o interior do país, pelo que não acredita que a nova divisão de Luanda traga melhorias, mas, louva a iniciativa do MPLA no prosseguimento do programa de governo eleito em 2022.

Quanto a realização do congresso extraordinário aprazado para Dezembro deste ano, o politólogo Eurico Gonçalves espera que o congresso extraordinário de Dezembro venha dar maior robustez ao MPLA para inverter os magros resultados das ultimas eleições.

Já o deputado Domingos Palanga, da UNITA, entende que o MPLA antecipa-se para conceber estratégias para resolver algumas questões internas do partido face a conjuntura política do país.

E, o jurista Daniel Pereira , pensa que o Presidente João Lourenço, não estará satisfeito com o desempenho de alguns quadros seniores do MPLA, pelo que o congresso de Dezembro, poderá implicar mexidas profundas. In CK