Ministra do ensino superior anuncia restrições drásticas nos cursos de saúde

Avatar By Redacao Jun 15, 2024
Ministra do ensino superior anuncia restrições drásticas no cursos de saúde

Depois de ter avisado há alguns meses, na sequência dos resultados da avaliação externa efetuada às universidades e institutos públicos e privados que lecionam cursos de Saúde, a ministra do Ensino Superior, Ciência e Inovação, Maria Bragança, começou esta semana a informar as universidades que não deverão receber novos estudantes nos referidos cursos nos próximos dois anos letivos.

Para já, conforme avançam algumas informações, as primeiras universidades avisadas são o Piaget, a UPRA e o ISPAJ quando se sabe que entre os públicos apenas uma universidade teve um curso aprovado.

Entretanto, segundo se sabe, de todas as universidades públicas com cursos de saúde, apenas a Mandume Ya Ndemufayo, no Lubango, viu um dos cursos aprovados.

As restantes sete universidades, incluindo a de Benguela, onde a própria ministra terá sido decana, também acabou chumbada. E não abrindo novas inscrições nos próximos dois anos letivos, por saber está o que irão fazer os estudantes que tencionam fazer os referidos cursos inicialmente, assim como os que poderão reprovar no presente ano letivo. Nem mesmo a Universidade Agostinho Neto teve os seus cursos aprovados, o que levanta até questões políticas sobre como a ministra deverá agir em relação a estas instituições públicas.

“Já não há empregos, a situação econômica do país está mal. As pessoas nem dinheiro têm para levar ou enviar aos filhos que estão no exterior. Com essa medida o que o Executivo pretende”, desabafou um encarregado.

Pior de tudo, conta a fonte do Club-K, é saber-se também o que se vai fazer com os professores que estão a ser contratados, incluindo cubanos, com base em acordos feitos recentemente pelo Executivo.

A melhor saída seria deixar que as universidades eliminassem os erros apontados na avaliação e só depois é que se partiria para uma medida punitiva do gênero. É o que acontece noutros países, agora colocar os alunos numa situação em que tenham de ficar dois anos consecutivos sem estudar é um ato desumano, apesar das pretensões que o Executivo tenha.

Agora resta saber se se vai acender mais esta fogueira, entre as várias já existentes, ou então se vai partir para uma medida mais acertada e pedagógica que não deixe de estilhaços sociais nem políticos para quem governa. In Club-k