O Chinfrim de uma juíza sem-noção – Jorge Eurico

Avatar By Redacao Jun 6, 2024
Luzia sebastião confirma indecência nos tribunais - Jorge Eurico

Zaira Conceição é uma juíza sem juízo. É (muito) abusada. É brutamontes. É escandalosa. Ela sozinha protagoniza o “chinfrim” mais agudo que o de dez kinguilas a “xinguilar” de razão e raiva à porta de um caloteiro logo às primeiras horas da manhã. O escarcéu feito recentemente pela juíza Zaira Conceição vexa da forma mais humilhante e deprimente a classe a que pertence. Abusou do poder de autoridade. Provou que lida mal com o poder que a Lei lhe confere. Mostrou estar impreparada para desempenhar as funções que lhe foram confiadas para fazer Justiça.

Consta ser juíza da Primeira Secção da Sala do Civil Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda. Penso que estaria muito bem como amanuense da referida secção e não como juíza. Até mesmo uma amanuense deveria saber que jamais poderia substituir os Oficiais de Justiça. Até uma simples amanuense sabe que é ilegal dar voz de prisão a quem não resista à autoridade ou não seja apanhado com a “boca na botija” (leia-se flagrante delito).

Zaira Conceição fez jus ao seu poder e ordenou a detenção de quatro cidadãos e a sua consequente recolha para cadeia. Entre os presos de Zaira Conceição o destaque vai para uma mãe com uma bebé ao colo. As imagens não mentem. Elas correm nas Redes Sociais. Mostram uma Zaira Conceição possessa e exibicionista a ordenar aos agentes da polícia que algemem a senhora com a criança ao colo.

Alguém deveria tirar a “vaidade” à juíza Zaira Conceição. Alguem deveria cortar-lhe as asas. Alguém deveria “acertar-lhe o passo” como deve ser. O que ela fez, não se faz. O que ela fez envergonha os magistrados judiciais dignos deste título. Desacredita os operadores de Justiça. Põe em causa o Estado de Direito. Não há magistrado nenhum de “cabelo branco” e autoridade para ensinar a “menina-juíza” Zaira Conceição como lidar com os cidadãos? É que a magistrada em causa – pelo espetáculo que deu a ver ao País e ao mundo – está mais para peixeira (com a devida reverência a estas profissionais) do que para magistrada.

Zaira Conceição deve ter certamente frequentado e concluído o curso de Direito com notas brilhantes. Deve ser “barra” no que respeita à interpretação da doutrina. Mas estou certo e seguro que é civicamente básica. Ética e moralmente vazia. O Conselho Superior da Magistratura Judicial deveria considerar a possibilidade de reavaliá-la, mandando-a novamente para a escola de Estudos Judiciários, sito no bairro Nova Vida em Luanda. Não basta ostentar um diploma. É preciso ter maneiras. Zaira Conceição é um perigo para Justiça angolana. É uma sem-noção indigna de envergar a toga de magistrada.