By Redacao
O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) estendeu o prazo de submissão de candidaturas ao concurso limitado por prévia qualificação para a privatização das Unidades Industriais do China International Fund (CIF) e o Centro de Logística CIF, antes em posse dos generais Hélder Vieira Dias ‘Kopelipa’ e Leopoldino Nascimento ‘Dino’, por períodos adicionais de 15 e dez dias, respectivamente.
Na qualidade de entidade responsável pela execução do Programa de Privatizações (PROPRIV), o IGAPE reforça, através de uma nota de imprensa, que também foi alargado o prazo para visitas aos referidos activos.
A privatização das Unidades Industriais do CIF ― que engloba uma fábrica de cerveja, uma de cimento e outra de montagens de automóveis ― e do Centro de Logística CIF vai ser feita por via de concurso limitado por prévia qualificação, para a cessão de direito de exploração e gestão — um contrato que terá a duração de dez anos com opção de compra.
Segundo o IGAPE, a participação é aberta a investidores nacionais e estrangeiros que, com a prorrogação, deverão solicitar visitas de constatação aos activos até ao dia 11 de Julho de 2024 e apresentar as suas candidaturas até às 15h00 do dia 19 de Julho deste ano.
A iniciativa, refere ainda o órgão, “surge no âmbito dos poderes conferidos ao IGAPE, por meio do Despacho n.º 5476/24, 15 de Maio, da ministra das Finanças, e visa, em função do significativo afluxo de manifestações de interesse, conferir oportunidade aos investidores interessados em participar do referido concurso de realizar as visitas, bem como aumentar o tempo de preparação dos requisitos exigidos para a submissão das candidaturas”.
Recorde-se que, em Outubro de 2020, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou a entrega de vários bens ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SNRA), incluindo empresas e edifícios detidos pelos representantes das empresas China International Fund Angola (CIF) e Cochan, afectas aos generais Hélder Vieira Dias ‘Kopelipa’ e Leopoldino Fragoso do Nascimento ‘Dino’.
Os dois generais, homens fortes do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, foram constituídos arguidos no âmbito de um processo relacionado com contratos entre o Estado e a CIF, no âmbito do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN).
O comunicado divulgado na altura pela PGR, relativo à entrega dos bens “constituídos com fundos públicos”, referia-se à devolução ao Estado das três unidades industriais.
Nesse âmbito, foram também entregues a totalidade das acções que os generais detinham na empresa Biocom – Companhia de Bioenergia de Angola (que tem também participações da Sonangol e da Odebrecht), através da Cochan; a rede de Supermercados Kero, através da cedência de 90% das participações sociais do Grupo Zahara Comércio, S.A; e a empresa Damer Gráficas – Sociedade Industrial de Artes Gráficas. In ISTO É NOTÍCIA