By Redacao
Mais de 30 pessoas morreram e três mil pessoas ficaram desalojadas nestes últimos dias na sequência das chuvas intensas em várias zonas do país. Em Luanda, mais de duas mil famílias viram as suas residências inundadas e 92 estradas ficaram obstruídas, intransitáveis e alagadas.
O balanço provisório do Serviço de Protecção Civil aponta que as chuvas torrenciais em várias regiões de Angola causaram, nos últimos dias, mais de três dezenas de mortos. Segundo as autoridades,as chuvas danificaram infraestruturas sociais, económicas e desalojaram mais de três mil pessoas.
Desde o início da semana, cinco pessoas morreram no município do Cazengo, na província do Cuanza Norte, em Angola, devido às chuvas, anunciou o porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Félix Domingos. O responsável acrescentou que as províncias do Moxico, Cabinda e Cuanza Sul registaram fortes chuvas, com ruas intransitáveis e casas inundadas. Também a província de Luanda apresentou um quadro bastante preocupante em termos de infra-estruturas.
Félix Domingos sublinhou que são atípicas as chuvas que caem este mês em quase todo o país, mas lembrou que as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica apontam “que vai chover bastante” e que haverá ventos fortes.
O comandante provincial adjunto do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Bravo Mendes, disse, em conferência de imprensa, que, em Luanda, as enxurradas não provocaram mortes nem feridos e que os números preliminares dão conta de 2.056 residências inundadas – o que afectou mais de 10.000 pessoas – 92 vias obstruídas, intransitáveis e alagadas, havendo também o registo de inundações de igrejas, hospitais, esquadras, escolas, num total de 16 infra-estruturas. Os municípios mais afectados são Viana, Cacuaco, Talatona, Luanda, Belas, Cazenga e Kilamba Kiaxi.
De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, a província de Luanda terá chuva ainda esta quarta-feira, com probabilidade de ocorrência de trovoada isolada nalguns municípios.
As populações que habitam nas zonas suburbanas das cidades angolanas, em casas precárias e sem redes de saneamento básico, são as mais afectadas pelas chuvas, ao que se acrescenta a preocupação com o incremento de várias endemias, nomeadamente a malária, a maior causa de mortes em Angola.
As autoridades da Protecção Civil nas regiões afectadas anunciaram programas de apoio as populações.
O Serviços de Protecção Civil deve anunciar, nas próximas horas, um novo balanço das consequências das chuvas torrenciais que estão a condicionar a mobilidade de pessoas e da actividade económica do país. RFI