By Redacao
Num recente discurso durante a cerimonia de cumprimentos de Ano Novo ao corpo diplomático acreditado em Angola, o Presidente João Lourenço defendeu a soberania da Palestina e instou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a tomar “passos concretos” para implementar as suas resoluções visando resolver o conflito em curso.
O Presidente Lourenço enfatizou a necessidade de os países demonstrarem solidariedade com o povo palestiniano, afirmando que eles têm o direito a um território dentro de um estado livre e soberano. Ele destacou a urgência de ação da ONU antes da completa devastação do povo palestiniano, pedindo ao Conselho de Segurança que implemente as resoluções que refletem a vontade expressa da maioria dos seus Estados-membros.
Segundo o Presidente Lourenço, a criação de um estado palestiniano independente e soberano é a única maneira de pôr um fim definitivo ao conflito prolongado e violento. Ele vislumbrou um futuro em que os povos judeu e palestiniano, assim como os estados de Israel e Palestina, coexistam pacificamente e cooperem, semelhante aos países vizinhos com fronteiras comuns.
Expressando preocupação com a atual guerra entre Israel e o Hamas, o Presidente Lourenço lamentou a violência contínua na Faixa de Gaza. Reconhecendo o direito de Israel se defender, ele criticou o que considerou uma reação desproporcional, resultando na vitimização de milhares de civis palestinianos, incluindo inúmeras crianças indefesas.
O Presidente Lourenço também manifestou apreensão em relação aos conflitos ocorrendo em diferentes continentes, citando a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Ele enfatizou a importância de não permitir que a lei do mais forte prevaleça sobre a ordem internacional estabelecida.
Voltando sua atenção para África, o líder angolano condenou mudanças inconstitucionais de governo, afirmando que Angola considera a paz, estabilidade e reconciliação nacional como componentes essenciais de seus esforços diplomáticos. Ele destacou as iniciativas de Angola na resolução de conflitos na República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Moçambique e Sudão.
O Presidente Lourenço expressou confiança de que as conquistas internas de Angola no desenvolvimento material terão uma sustentabilidade mais duradoura e sólida no quadro da construção de um estado democrático e de direito. Ele enfatizou a importância de abordar preocupações relacionadas à melhoria dos direitos dos cidadãos, liberdades fundamentais, transparência na governança, combate à corrupção e garantia da independência e harmonia entre os diferentes poderes do Estado.